Filmes setubalenses “Miradouro” e “Sal no Sangue” vão ser exibidos em Cabo Verde

A essência de Setúbal está relacionada com a população e com as tradições da comunidade. Dos bairros de pescadores, aos mercados e aos locais por onde passaram figuras setubalenses, de Bocage a Luísa Todi, há sempre histórias por contar, seja de um passado mais ou menos recente, que devem ser ouvidas em todas as partes do mundo.

É por isso que a cidade tem sido palco de grandes produções nacionais e internacionais. Exemplo da vontade de elevar Setúbal além-fronteiras é a exibição dos filmes “Miradouro” e “Sal no Sangue”, de João Bordeira e Sérgio Brás d’Almeida, a 11 e 12 de abril, na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde.

A convite do realizador de cinema e professor cabo-verdiano Leão Lopes e do coreógrafo António Tavares, as obras vão ser transmitidas no Centro Cultural do Mindelo, numa iniciativa em colaboração com o Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura do Mindelo. As duas películas receberam recentemente apoio da Fundação Calouste Gulbenkian para um projeto de internacionalização, o qual conta com a parceria, além da Câmara Municipal de Setúbal, da União das Freguesias de Setúbal e da Junta de Freguesia de São Sebastião.

As produções vão ser apresentadas a 14 de maio, no Centro Cultural Português da Praia, na Ilha de Santiago, num “programa em que se inclui um encontro entre profissionais do cinema para o desenvolvimento de um projeto de intercâmbio entre Setúbal e Cabo Verde”, explica a autarquia. A iniciativa pretende fomentar a partilha cultural e envolve “argumentistas, realizadores e produtores de cinema provenientes de Cabo Verde para apresentarem obras em Setúbal, num circuito que leva setubalenses a mostrar trabalho naquele arquipélago africano”.

Miradouro” é um documentário naturalista combinado com ficção, focado na “dinâmica do Bairro de São Domingos, um dos locais mais antigos de Setúbal, numa nostalgia latente do que foi antigamente e já não é, e que continua vivo”.

Já “Sal no Sangue”, documentário dos mesmos realizadores com a colaboração da antropóloga Mariana Macedo Dias, “documenta histórias de vida, dificuldades quotidianas e a ligação ao mar dos pescadores de Setúbal, e partilha relatos de homens com idades entre os 34 e os 85 anos, que recordam um passado de pesca melhor”.

Fonte New In Setúbal

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